Ok, eu estava certo que daria errado. Um restaurante de 5x5 no comecinho da Barão de Limeira com jukebox? Estou acostumado a PFs obscuros, mas fiquei meio assim. Foi entrar no lugar que pá! joguei meu preconceito no lixo. A começar pelo Victor, um camaronês gente finíssima, que nos atendeu (e, como dizer que se trata algo "africano" é tão específico quanto falar em "pensamento ocidental", vale ressaltar que a base é culinária popular de Camarões, Senegal e Congo, com a inserção posterior, a pedido do público predominante do local, de referências de Angola e Nigéria). Achei os preços estranhos: tudo barato demais. Olhei de novo para o jukebox: músicas do oeste africano, com os clipes! Sensacional, pensei. Pedi, de entrada, uma porção de bananas-da-terra fritas. Coisa fina, Jão: quentinhas, casca crocante e sem a sensação de puro óleo que às vezes vêm com as concorrentes batatas. Parti para os pratos. O cardápio é grande (lembre-se do tamanho do lugar) e tudo parece interessante, mas foi preciso escolher. Pedi Tiep, um prato que reúne um arroz muito bem temperado - com camarões secos, inclusive -, um cozido com repolho, batata-doce, cenoura, mandioca... num molho delicioso, e cubos de carne, creio que coxão duro, muito bem cozida e selada. Confesso que fiquei em dúvida: não há coadjuvantes no prato; tudo acaba se mostrando intenso e se destacando. Farta comida, que me afastou da ideia de sobremesa. Saí de lá satisfeito, com cartões do lugar para distribuir, sabendo que voltarei para pegar mais.