Se eu pudesse resumir a experiência de comer o brunch do Villa do Vale em uma palavra, essa palavra seria "Socorro". É muita, muita comida. E o Fernandinho tem fome. Muita, muita fome.
Para facilitar, postei uma foto do menu, é óbvio como funciona, mas vamos lá: "buffet" é tudo aquilo que tem a vontade pra se servir e "a la carte" a gente pede e o garçom traz (porções individuais).
Entendo que algumas pessoas possam achar o preço de $ 120 por pessoa caro, mas isso é um erro; primeiro porque acabamos pagando isso em qualquer café hypado meia boca com "bolo gourmet" e um café fulero numa taça de 35ml e segundo, quando fazemos uma refeição, não adianta apenas olhar o preço seco, mas o que o estabelecimento entrega. E o que o Villa do Vale entrega é uma experiência especial, sem igual na cidade, tanto nos aspectos extra-comida, como ambiente e serviço quanto nos pratos servidos. E claro, quem quiser ainda pode fazer a matemática de tentar tirar o preço em comida, se te ajuda a se sentir melhor.
Tudo o que é servido é delicioso e especial, comida bonita, preparada com capricho. Mesmo se tu pegar um pratinho simples, com salame e queijo, já é muito gostoso, mas aí logo do lado tá lá a ostra gratinada. Mesmo sabendo que pode ir e voltar o quanto quiser, é difícil não passar vergonha e sair de lá com um pratão. Como bom amigo de todas as comidas, tentei comer tudo o que tinha disponível, mas não consegui. Comer também requer estratégia, e às vezes a gente precisa sacrificar a novidade para pode investir o espaço do estômago nos velhos preferidos.
Recomendo que se vá lá com tempo. Aliás, tempo é muito importante numa refeição. Eu gosto de ficar três ou quatro horas no restaurante quando saio pra comer, não entendo a pressa que as pessoas têm pra voltar pra casa, longe da ocasião especial, longe da comida. Para esse brunch, vá com calma, aproveite o hotel lindo e confortável, faz lá teu pratinho uma, duas, três vezes e aí pede o a la carte. Aproveita, saboreia. Conversa com a tua mulher, pensa na zaga do Flamengo. E come. Muito. A gente sai pesado, mas sai muito feliz.
Os destaques do buffet são o brigadeiro brûlèe (delicioso, comi uns 9), ostra gratinada (saborosa e muito bem preparada) e a quiche de linguiça Blumenau, mas tudo é bom, tudo é gostoso. Tente provar de tudo. Até melancia eu comi - muito boa, embora eu recomende não gastar o espaço da comida com fruta.
E vamos para os pratos a la carte: o ovo poché é uma ótima forma de começar, muito saboroso, com aquela graxa especial que o empanado traz; o risoto de camarão e limão siciliano, bastante leve e com bastante sabor cítrico do limão, é o melhor do menu; o penne com cogumelos trufados é muito saboroso, terroso e com certeza melhor do que da grande maioria dos restaurantes italianos da cidade (o que faz a gente querer voltar ao Botic para jantar). O nível aqui é outro, muito acima, oto patamá. É o Flamengo de 2019 dos restaurantes. E aí tu pede a panqueca de ninho e nutella e besunta ela toda antes de comer. Ninguém é tão feliz quanto o gordo é feliz quando come.
Quando a refeição chega ao fim, a gente sente aquela felicidade de gordo, mas a tristeza de ter que sair daquele lugar tão jóia, querendo provar aquela comida maravilhosa mais uma vez. Mas não cabe. É só matemática. Espero voltar logo para mais um brunch e já estou combinando um jantar com a minha namorada, para provar as big guns do Botic. Por tudo que entrega em termos de serviço, ambiente e qualidade, o brunch do Villa do Vale é a refeição mais barata de Blumenau.
An error has occurred! Please try again in a few minutes